Deve ser um desastre (mais um) a semana que começa, para a vida nacional.
A Câmara dos Deputados elege novo presidente, para suceder Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o renunciante das lágrimas de crocodilo.
Há uma penca de candidatos, um pior que outro.
Há sério risco inclusive de que seja eleito para presidir o Legislativo brasileiro um parlamentar condenado em última instância (Tribunal Superior do Trabalho, TST) por trabalho escravo e infantil – Beto Mansur (PRB-SP), ex-prefeito de Santos (1997 a 2004). Clique aqui e saiba mais sobre essa aberração.
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Qualquer um dessa penca que vença estará comprometido a entregar o prato principal do golpe do impeachment que sacou, ao menos momentaneamente, a presidenta Dilma Rousseff do cargo para o qual foi eleita pela maioria dos brasileiros e brasileiras.
Esse prato é o petróleo do pré-sal.
O projeto de lei que na prática tira da Petrobrás e entrega para os estrangeiros o petróleo do pré-sal está no ponto para ser votado pelo Plenário da Câmara.
Na última quinta-feira, dia 7, o projeto foi aprovado pela comissão especial que analisava o texto (Projeto de Lei número 4567/2016).
“A proposta foi relatada pelo deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que apresentou parecer favorável ao texto de autoria do senador licenciado, e atual ministro das Relações Exteriores, José Serra”, informa matéria da Agência Câmara, a qual acrescenta: “O projeto será votado agora no Plenário da Câmara dos Deputados. A princípio, a votação ocorreria [nesta semana]. Mas a renúncia do presidente afastado Eduardo Cunha (…) pode afetar esse calendário. Os parlamentares deverão focar na disputa pela mudança no comando da Casa. Caso seja o texto seja aprovado sem alterações no Plenário, o projeto vai para a sanção presidencial.”
Só muita mobilização popular e pressão sobre os deputados para impedir esse crime de lesa-pátria.
Porque a tendência é que o projeto seja aprovado e sancionado, com um pé nas costas, pelo presidente usurpador Michel Temer.
Afinal, o golpe foi dado principalmente para isto: entregar o petróleo do pré-sal.
E para flexibilizar as leis trabalhistas também, mas isso é assunto para outra prosa.
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Por @waasantista, postado de Curitiba | Ilustração: charge de Amorim, do sítio da Aepet