Joaquim Levy e George Osborne aprofundam cooperação econômica entre Brasil e Reino Unido

brasilobserver - nov 18 2015
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Ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne (esquerda), ao lado do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em Londres

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O Ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, e o Ministro da Fazenda do Brasil, Joaquim Levy, se reuniram em Londres no final de outubro e chegaram a uma série de acordos para estreitar as relações econômicas entre os dois países – com foco em projetos de infraestrutura, serviços financeiros e nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

A declaração conjunta, que pode ser acessada na íntegra no site da Embaixada do Brasil em Londres (www.brazil.org.uk), informa que foram discutidos “desafios comuns para alcançar o crescimento sustentável no longo prazo”. “Concordamos sobre a importância das reformas estruturais juntamente com políticas fiscais críveis, de forma a incentivar a produtividade crescente e melhorias de padrão de vida”, completa o comunicado oficial do encontro, primeira edição do Diálogo Econômico e Financeiro Brasil-Reino Unido, que voltará a acontecer em 2016.

A questão fiscal, aliás, foi o tema central da coletiva de imprensa concedida por Joaquim Levy em Londres. O ministro da Fazenda afirmou que o Brasil só voltará a crescer quando a questão fiscal for resolvida, mas disse não saber em que prazo será concretizado o ajuste. “O problema fiscal ainda não foi tratado com a energia que deveria: muita gente no Congresso sabe disso”, acrescentou. O governo aguarda a aprovação do Orçamento de 2016 e das medidas fiscais que permitirão a redução dos gastos públicos e a elevação da arrecadação no país.

Depois de dois dias de reuniões em Londres, Levy declarou que o cenário de incerteza gera receio entre os investidores. Ele disse, porém, que, ao mesmo tempo em que trabalha para garantir uma política fiscal sólida, o governo tenta atrair investimentos em infraestrutura para ajudar “o país a se tornar mais eficiente, gerando empregos e incentivando a economia”.

Levy citou a área de portos entre as que continuam a receber massivos investimentos privados. Segundo ele, o leilão das 29 usinas hidrelétricas com concessões vencidas, previsto para 25 de novembro, permitirá a geração de recursos sem a necessidade de aumentar impostos.

BRASIL OBSERVER #33