“Porto vermelho” e “Moscou brasileira” eram alguns dos epípetos de Santos quando, em 1964, a cidade resistiu bravamente ao golpe e à ditadura militar que se seguiu.
Foi punida pelo regime: fez-se dela “área de segurança nacional”, usurpando-se sua autonomia política e implantando-se ali intensa repressão.
Demorou, mas, finalmente, as forças progressistas da cidade e da região – bem menores e mais fracas que 20, 30, 40, 50 anos atrás – conseguiram marcar um ato público, de rua, contra o golpe do impeachment que será posto em leilão no plenário da Câmara dos Deputados.
A manifestação em Santos está marcada para esta quarta-feira, 13 de abril, às 16 horas, na Praça Mauá.
O ato não é do PT, nem de governistas, no sentido diminuído que costuma se dar na velha mídia.
O ato é promovido pela Frente Democrática e Popular da Baixada Santista, que reúne militantes e lideranças de diversos partidos de esquerda, e de sindicatos, centros de estudantes e de movimentos sociais, artísticos e culturais em geral.
Mas você, santista da cidade ou região, não precisa de ser filiado ou simpatizante de nenhuma dessas organizações para participar.
Muito menos precisa de ser um integrante da base aliada do governo.
Para participar, basta, apenas, ser, sim, um aliado ou aliada, um defensor ou defensora da democracia, do respeito à Constituição.
Porque, você sabe, o que está em curso é um golpe, um atentado ao Estado democrático de direito.
Não há crime de responsabilidade cometido por Dilma Rousseff, e, conforme estabelece a Constituição, um presidente da República só pode sofrer impeachment se cometer crime de responsabilidade. Impeachment sem isso é tapetão, é golpe.
Esse impeachment aí é golpe, é tapetão.
Por @waasantista, postado de Curitiba