Não pude acompanhar, em Curitiba, a manifestação desta quarta-feira, dia 16, contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Passei, a caminho do trabalho, na concentração do ato, na Praça Santos Andrade (Centro, foto acima), por volta das 18h30.
Não tinha muita gente não – menos, seguramente, que na manifestação de domingo, a favor do impeachment.
Soube que mais pessoas chegaram depois, e o ato ganhou corpo, mais tarde, durante a caminhada.
Entre as cidades onde ocorreram os atos desta quarta Curitiba parece ter sido exceção à regra.
Avenida Paulista
A julgar pelos relatos nas redes sociais e dos veículos de mídia desvinculados das emissoras comerciais, as manifestações desta quarta confirmaram o que as ruas indicaram no domingo: o povo não quer saber do golpe do impeachment.
Belo Horizonte
Pode estar descontente com o governo, sacrificado pelo arrocho do ajuste fiscal, mas o povo não é bobo.
Não é bobo de cair nessa balela de tirar uma presidenta contra quem não se tem um indício (quanto menos prova) de que cometeu algum crime, para colocar em seu lugar quem não consegue ganhar eleição no voto.
(E alguém cuja biografia, como disse a própria presidenta, “não resiste a uma breve pesquisa no google”)
Cinelândia, Rio de Janeiro
As manifestações de domingo, convocadas pela direita e com o reforço de comunicação da mídia tradicional – a Globo, a cada dez minutos, colocava no ar flashes de várias partes do Brasil, de modo a estimular a participação de quem estava em casa – foram bem mais fracas que atos semelhantes, de meses atrás.
Recife
Já as manifestações convocadas pelas forças progressistas, ao contrário – lembraram a mobilização da última campanha eleitoral.
Confirmaram que, na hora do vamo ver, na hora agá, as forças populares, mesmo que decepcionadas, mantêm sua capacidade de discernimento.
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Postado por @waasantista | Fotos: diversos perfils no twitter
