– Qual é o patrocinador do Santos?
– Bom, a gente…
– “A gente?”; olha só o jeito que fala, como se fosse parte integrante…
O diálogo, real, ilustra como se referem os amantes de seus clubes de futebol a ela, sua equipe de coração.
Em vez de “o time ganhou hoje” costumamos dizer “ganhamos hoje”.
No lugar de “Fulano perdeu o pênalti” esbravejamos “Fulano ME perdeu o pênalti”.
Vale ao se dirigir ao interlocutor: “vocês jogam amanhã? Onde vocês jogam?”, e não “seu clube joga amanhã? Onde joga?”
Bom, toda essa resenha introdutória, um baita dum nariz de cera como se diz no jornalismo, é pra deixar claro que o post que segue é sobre futebol, mais precisamente sobre o Brasileirão 2016.
Afinal, o campeonato chegou neste final de semana à 13ª rodada – alcança, portanto, um terço.
É possível fazer um balanço que nos permita amadurecer perspectivas.
Pra gente – Santos Futebol Clube – em especial.
A esta altura, depois da vitória sobre a Chapecoense por 3 a 0 na Vila Belmiro há pouco, estamos no cobiçado G4.
Pra gente que por algumas rodadas perdeu Lucas Lima e Gabigol pra seleção, segue sem o artilheiro Ricardo Oliveira (contundido) e em breve ficará desfalcado de Gabigl de novo, Zeca e Tiago Maia (vão para as Olimpíadas), o quarto lugar por ora alcançado superou as expectativas.
Diferentemente do ano passado, o time melhorou o desempenho fora de casa. Tanto contra Atlético/PR como contra Grêmio não merecia ter perdido, por exemplo; contra o Fluminense, goleou por 4, mas poderia ter sido mais.
Não dá pra dizer ainda que o Peixe é favorito ao título – se coloca, todavia, como forte candidato. Até porque os reforços trazidos (Copete, Rodrigão e Yuri; os três na foto acima) pra dar conta das ausências sinalizam que vão corresponder.
Palmeiras e Grêmio aparecem um passo à frente na corrida pela taça. Santos e Corinthians na cola. Atlético/MG vem chegando.
Lá embaixo, América/MG e Santa Cruz cada vez mais despontam como os mais ameaçados pelo rebaixamento. A fuga das outras duas posições de descenso será intensa entre Figueirense, Coritiba, Sport e Botafogo. O Fluminense, se bobear, se junta à zona de perigo também.
Palpites, apenas.
Que o jogo jogado é no campo, e não é ciência exata (constatação inédita).
Por @waasantista, postado de Curitiba
| Foto: Ivan Storti/Divulgação Santos Futebol Clube