Do início até o final do dia, milhares de brasileiros e brasileiras devem participar nesta sexta-feira 13, em diversas cidades do país, do chamado Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, da Petrobrás, da Democracia e da Reforma Política.
O nome é comprido assim, mas podemos chamar de uma espécie de Campanha da Legalidade.
Os atos têm a organização de pelo menos 15 entidades – centrais sindicais, federações de trabalhadores, sem-terra, estudantes, entre outros movimentos (detalhes aqui).
O objetivo é o de mobilizar a sociedade, especialmente a classe trabalhadora e classe média esclarecida, para barrar qualquer tentativa de golpe.
Seja o golpe de Estado, por meio de um impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Seja um golpe político-econômico camuflado, que tolere Dilma no comando, todavia que exerça tal desgaste e pressão a ponto de impedir o governo de implantar a pauta que foi vencedora na última eleição.
A “imparcial” e “plural” velha midiona – Globo, Folha de S.Paulo, Veja, Estadão e veículos co-irmãos – durante toda esta semana estimula a participação nos “protestos” de domingo, dia 15 – protestos esses articulados por grupos que querem a destituição de Dilma da Presidência da República.
A Globo, segundo informa Renato Rovai, já escalou equipes para iniciar a cobertura ao vivo desde cedo.
Deixou até que as partidas de futebol da tarde de domingo fossem antecipadas para a manhã.
Não é de surpreender esse apoio amplo, geral e irrestrito.
Essa mesma midiona se opôs à criação da Petrobrás, do 13º salário, derrubou Getúlio Vargas e João Goulart, tentou fazer o mesmo com JK.
Qualquer tentativa, mínima que seja, de avanços sociais e de busca pela soberania nacional, encontrou, encontra e encontrará oposição da velha midiona, porta-vez da nossa elite e dos interesses do sistema financeiro internacional.
Então, se você está descontente com o aumento de impostos, com o reajuste nas contas de luz, nos combustíveis, no encarecimento do crédito; se está indignado com corrupção; quer um Estado mais presente, oferecendo serviços públicos universal e de qualidade, recomenda-se participar dos atos desta sexta, 13.
E não nas “manifestações” de domingo, 15.
Porque as de domingo até podem reunir indignados bem intencionados, entretanto é articulada por uma elite que não está – porque nunca esteve – nem aí para os interesses nacionais, dos trabalhadores, da classe média.
Engordar os atos de domingo é entrar no jogo dessa gente.
Engrossar as fileiras desse pessoal que organiza o ato pró-impeachment de Dilma e dar moral pra uma gente que quer que as coisas mudem para que fiquem do jeito que estão.
Tá na cara.
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Por Wagner de Alcântara Aragão, jornalista e professor | Twitter: @waasantista
| Foto: MST
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