O whatsapp tem sido dominado por uma onda de boatos de embrulhar o estômago.
É um tal de áudios e vídeos criminosos que estão a aterrorizar os brasileiros e as brasileiras.
(Falam de tropas militares se movimentando, de confisco da poupança, entre outras aberrações)
Galera, é evidente que toda essa asneira que está chegando é falsa.
É terrorismo.
É para criar um clima de incerteza, depois de pânico, de modo a criar um ambiente favorável para o golpe de Estado.
Claro que o golpe de Estado não está sendo chamado desse jeito.
Não está assim sendo assumido.
Está sendo chamado de “impeachment”.
Soa mais democrático.
Repito, fazendo minhas as palavras, sem meias palavras, do jornalista Luiz Carlos Azenha: essa história de impeachment é golpe.
Golpe contra a vontade popular expressada nas últimas eleições.
Mais de 54 milhões de eleitores, ou 51,7% dos votos válidos, preferiram Dilma Rousseff, contra o projeto político representado pelo seu opositor, Aécio Neves e seu PSDB.
Não há razão para impeachment.
Há razão para descontentamento com decisões, medidas do governo – como as de arrocho, chamadas de “ajuste fiscal”.
É legítimo, é direito nosso protestar contra, exigir novos rumos, cobrar o governo, os deputados…
Mas fazer isso de forma honesta, sem propagar a mentira.
Nem cair nessa esparrela de “impeachment”.
Pedir o “impeachment” é fazer o jogo de quem quer que as coisas mudem para que tudo fique como está.
É só olhar quem está do outro lado, o do “impeachment”, pra saber que essa gente, dando o golpe, fará – porque já fez e faz – muito pior.
Essa gente que está louca pelo golpe não quer mudar o comando para acabar com o “ajuste” e taxar as grandes fortunas em vez de sacrificar o trabalhador e a classe média.
Essa gente que está louca pelo impeachment quer o caminho livre para entregar o pré-sal e a Petrobrás, entregar de vez o país para os interesses do sistema financeiro.
É isso. Basta querer que se vê que é isso.
Já quanto à boataria do whatsapp, não basta não acreditar.
É preciso deletar, não passar adiante.
Se não você estará a ser um inocente útil.
No máximo, responder o boato com informação.
Porque a melhor vacina contra a mentira é a informação. É o melhor remédio pra combater a ignorância.
Na dúvida, não compartilhe.
Vale seguir essa dica (clique na imagem que amplia; ou então confira neste link).
Por Wagner de Alcântara Aragão, jornalista e professor | Twitter: @waasantista
| Postado de Curitiba