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“Bolivarianos” estão entre os que mais reduzem desemprego juvenil, diz Banco Mundial

Wagner de Alcântara Aragão - dez 16 2014
Cristina_Kirchner

Todo mundo sabe que o Banco Mundial não nutre simpatia por governos de esquerda. E vice-versa.

Mas dados e fatos são fatos, e um informe do próprio Banco Mundial mostra que os países com governos bolivarianos estão entre os que mais reduziram o desemprego na juventude, em dez anos.

Quem trouxe os números à tona foi a presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner (foto), na semana passada – em seu twitter e em sua página na internet.

Numa lista de 32 países, a Argentina, por sinal, foi o país que mais conseguiu baixar as taxas de desemprego de rapazes e moças entre 15 e 24 anos de idade.

No nosso vizinho do Mercosul, a desocupação nessa faixa etária caiu de 34,3%, em 2002, para 14,1%, em 2012.

Uma redução de quase 60%.

Equador e Venezuela alcançaram diminuição semelhante entre si: 42% cada, no mesmo período.

O Uruguai baixou em 25%.

O Brasil, que tem um governo de coalização de centro-esquerda, todavia não bolivariano (infelizmente, porque precisamos de justamente mais bolivarianismo), também registrou queda significativa.

O desemprego juvenil no nosso país era de 18%, em 2002, quando o PSDB e aliados de direita encerraram seu governo.

Em 2012, depois de quase dez anos de governos Lula-Dilma, a taxa foi para 15,5%, uma diminuição de 13%.

Nos países desenvolvidos do hemisfério norte, em contrapartida, o caminho foi absolutamente inverso.

Desemprego_Juvenil_Banco_Mundial

O desemprego entre jovens nos Estados Unidos e, sobretudo, na Europa, disparou, conforme se pode constatar clicando na tabela acima.

Ah, no México, cujo governo há décadas caminha pela direita e segue a receita do neoliberalismo – e, por essa razão, queridinho da nossa velha midiona – o desemprego entre jovens também subiu pra caramba.

Saltou 62% entre 2002 e 2012.

Mais dados do Banco Mundial sobre desemprego juvenil, e outros indicadores sobre desocupação, você confere aqui.

 

Por Wagner de Alcântara Aragão, jornalista e professor | Twitter: @waasantista

|Foto: Divulgação CFK

| Postado de Curitiba