Todo mundo sabe que o Banco Mundial não nutre simpatia por governos de esquerda. E vice-versa.
Mas dados e fatos são fatos, e um informe do próprio Banco Mundial mostra que os países com governos bolivarianos estão entre os que mais reduziram o desemprego na juventude, em dez anos.
Quem trouxe os números à tona foi a presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner (foto), na semana passada – em seu twitter e em sua página na internet.
Numa lista de 32 países, a Argentina, por sinal, foi o país que mais conseguiu baixar as taxas de desemprego de rapazes e moças entre 15 e 24 anos de idade.
No nosso vizinho do Mercosul, a desocupação nessa faixa etária caiu de 34,3%, em 2002, para 14,1%, em 2012.
Uma redução de quase 60%.
Equador e Venezuela alcançaram diminuição semelhante entre si: 42% cada, no mesmo período.
O Uruguai baixou em 25%.
O Brasil, que tem um governo de coalização de centro-esquerda, todavia não bolivariano (infelizmente, porque precisamos de justamente mais bolivarianismo), também registrou queda significativa.
O desemprego juvenil no nosso país era de 18%, em 2002, quando o PSDB e aliados de direita encerraram seu governo.
Em 2012, depois de quase dez anos de governos Lula-Dilma, a taxa foi para 15,5%, uma diminuição de 13%.
Nos países desenvolvidos do hemisfério norte, em contrapartida, o caminho foi absolutamente inverso.
O desemprego entre jovens nos Estados Unidos e, sobretudo, na Europa, disparou, conforme se pode constatar clicando na tabela acima.
Ah, no México, cujo governo há décadas caminha pela direita e segue a receita do neoliberalismo – e, por essa razão, queridinho da nossa velha midiona – o desemprego entre jovens também subiu pra caramba.
Saltou 62% entre 2002 e 2012.
Mais dados do Banco Mundial sobre desemprego juvenil, e outros indicadores sobre desocupação, você confere aqui.
Por Wagner de Alcântara Aragão, jornalista e professor | Twitter: @waasantista
|Foto: Divulgação CFK
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