Estes são os postulantes ao cargo de presidente do Santos Futebol Clube.
(Da esquerda para direita: Nabil Khaznadar, Fernando Silva, José Carlos Peres, Orlando Rollo e Modesto Roma Júnior)
A eleição é neste sábado, dia 6.
Tudo sinaliza para o pleito mais disputado dos últimos tempos.
Não me lembro de uma eleição tão imprevisível também.
A quantidade de candidatos, cinco, contribui para uma peleja acirrada.
O perfil das candidaturas, igualmente.
Temos a continuidade, pero no mucho; a oposição, pero no mucho; a volta ao passado, pero no mucho…
Sincera e infelizmente, porém, não encontrei em nenhum dos pleiteantes uma opção revolucionária.
Calma, evidente que não esperava por uma candidatura bolivariana.
Mas esperava, sim, por alguma chapa que apresentasse propostas um pouco mais radicais.
Mais contestadoras não só ao modelo de administração do clube, como sobretudo à forma como o futebol brasileiro vem sendo conduzido.
Tudo bem, impossível de se esperar por um Brizola ou Requião que viesse disposto a enfrentar o daninho poder da Rede Globo, a se propor a acabar com a ingerência dos Marinho nos destinos da nossa paixão nacional.
Era de se exigir, no entanto, um mínimo de questionamento. De proposição de revisão do modelo, ao menos.
Qual nada.
Posso estar enganado, e oxalá esteja, entretanto todos os cinco parecem orbitar no mesmo espectro. Cada um com suas diferenças, algumas aparentemente salutares, todavia pouco capazes de modificações mais profundas.
E o Santos, e o futebol brasileiro, todos estamos a carecer delas – as modificações mais ao fundo.
Por Wagner de Alcântara Aragão, jornalista e professor. Twitter: @waasantista
| Foto: Santa Portal
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