Há pouco conversei, por telefone, com o presidente do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, o ex-senador Roberto Saturnino Braga, para uma matéria que vai sair na próxima edição do Brasil Observer.
Na entrevista, que ocorreu mais ou menos ao mesmo tempo em que a presidenta Dilma Rousseff anunciava os novos ministros da Fazenda e do Planejamento, Saturnino Braga considerou que Dilma começou escolhendo bem sua equipe para o segundo mandato.
Para o analista, o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o do Planejamento, Nélson Barbosa, vão compor uma boa dobradinha.
Saturnino Braga reconhece que Levy tem um perfil neoliberal, todavia crê que saberá se adequar à linha mais desenvolvimentista do governo Dilma.
“Conheço o Joaquim Levy. Ele é competente. Tem uma linha de ação mais ortodoxa, mas ao mesmo tempo é flexível; é inteligente o suficiente para ter flexibilidade”, afirmou.
O ex-senador também classificou como acertada a escolha de Kátia Abreu (ainda a ser oficialmente confirmada) para o ministério da Agricultura. Para ele, a economia brasileira vai precisar do agronegócio para recuperar o crescimento, e Kátia Abreu foi, nesse segmento, “a única representante” a apoiar Dilma na eleição presidencial.
Saturnino Braga tem formação em engenharia civil e especialização em engenharia econômica, com cursos da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU), e do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb). Foi funcionário do BNDES e exerceu mandatos de vereador, prefeito do Rio de Janeiro, deputado federal e senador. Começou na política filiando-se ao PSB, nos anos 60; depois esteve no MDB, PMDB, no PDT de Leonel Brizola, PSB de novo e PT.
Aqui, entrevista de Saturnino Braga ao Brasilianas, do Luís Nassif
Sobre o Centro de Estudos Celos Furtado, saiba mais no site da instituição: www.centrocelsofurtado.org.br.
Postado de Curitiba | Texto de autoria do próprio blogueiro | Foto: TV Brasil
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