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Relembre o “auge” do governo do PSDB de Aécio

Wagner de Alcântara Aragão - out 14 2014
Tristes tempos

O PSDB de Aécio Neves, que se apresenta nestas eleições como “mudança”, já governou o Brasil.

Foi entre 1995 e 2002, numa aliança com partidos de direita, especialmente com o atual “Democratas” (Dem), na época, denominado PFL (Partido da Frente Liberal).

O governo do PSDB de Aécio Neves foi marcado pela adesão às políticas neoliberais do chamado Consenso de Washington.

Políticas essas que pregavam, em síntese, o “enxugamento” do governo, termo com cara de positivo mas que, na prática, significou diminuir o tamanho do Estado, reduzindo assim os serviços e os investimentos.

O PSDB entregou o governo a Lula com a imagem bastante desgastada.

O desemprego, a estagnação econômica, a inflação e o dólar em alta foram algumas das heranças que Fernando Henrique Cardoso, o presidente tucano, passou a Lula, junto com a faixa presidencial.

Mas, apoiado pela mídia e conseguindo abafar escândalos de corrupção, o governo do PSDB chegou a ter aprovação popular, a ponto de, em 1998, Fernando Henrique conseguir se reeleger.

Mesmo nesse, digamos, “auge”, o Brasil não vivia bons momentos.

Por mais que tentasse amenizar, a mídia não tinha como esconder os fatos.

Algumas das manchetes abaixo são do período desse “auge” – final de 1997 e meados de 1999.

Todas do Jornal do Brasil, excelente diário, um dos quatro maiores do país naqueles tempos.

Aqui, o JB traz uma pesquisa sobre as expectativas dos jovens diante daquela conjuntura, no final dos anos 90:

JB, edição de 30 de maio de 1999: jovens sem esperança

JB, edição de 30 de maio de 1999: jovens sem esperança

As duas seguintes refletem os efeitos colaterais da política econômica do governo do PSDB. Os mesmos economistas daquele governo são os mentores do programa de Aécio Neves:

JB, 19 de setembro de 1999: o bolsa banqueiro sacrificava a indústria

JB, 19 de setembro de 1999: o bolsa banqueiro sacrificava a indústria

Palavras do presidente da Federação das Indústrias do Rio

Palavras do presidente da Federação das Indústrias do Rio

A classe média penou naquele período:

JB, 11 de julho de 1999: classe média vítima da política neoliberal tucana

JB, 11 de julho de 1999: classe média vítima da política neoliberal tucana

“Corte de gastos”, “responsabilidade fiscal” são pomposas expressões que, na prática, significam tesoura em recursos para educação, saúde, segurança. Assim foi feito:

JB, 7 de janeiro de 1998: é o "choque de gestão"

JB, 7 de janeiro de 1998: é o “choque de gestão”

Você pode conferir outras manchetes aqui, neste post do Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim.

Ou neste outro aqui.

Depois de 1999, a situação só piorou. O caos foi em 2001, com o apagão.

 

Postado de Curitiba | De autoria do próprio blogueiro | Acompanhe também pelo twitter: @waasantista