Um caso de amor pelo sudoeste de Londres

Brasil Observer - mai 04 2016
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Battersea Park (Foto: Herry Lawford/Flickr)

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Roberta Calabro conta por que se apaixonou pelo sudoeste de Londres, região com muito verde, cultura e bom gosto

 

Londres, mesmo sendo uma cidade que mantém suas características seculares, pode ser considerada umas das capitais da tecnologia e da inovação. Só ela é capaz de remeter ao passado e ao futuro ao mesmo tempo. Apesar de sua diversidade e 300 nacionalidades, cada pessoa encontrará sua própria Londres. Digo que é possível se mover e estar em muitos países dentro desta cidade, pois cada bairro-área tem uma característica diferente e, no fim, isso acaba definindo muito seu estilo de vida, hábitos e rotina.

Há três anos e alguns meses tive meu primeiro contato com o South West London, quando o black cab parou às 11h da manhã em frente ao luxuoso conjunto de edifícios envidraçados Battersea Reach, na beira do Rio Tâmisa, no bairro de Wandsworth Town (lar de alguns jogadores do Chelsea, aliás). Cheguei dividindo o apartamento com outras cinco pessoas, por meio da empresa Cortisso Accommodation. As vistas do apartamento, a tranquilidade e a beleza da área fizeram com que eu me apaixonasse por aqui. Minha vida está até os dias de hoje (moradia e trabalho) atrelada à esta área de Londres, assim como meus hábitos e costumes. Já mudei três vezes de apartamento, todos eles com uma distância de cinco minutos caminhando um do outro.

Além de Wandsworth, os bairros de Victoria, Chelsea, Clapham, Earls Court, Fulham, South Kensington, Battersea, Barnes, Putney e Wimbledon fazem parte do sudoeste de Londres. Segundo opiniões dos próprios londrinos, a região é identificada como “chique”, “limpa” e “familiar”, ligada à alta sociedade e considerada “da moda”, mas “pretensiosa”. Considero-a intelectual, cosmopolita, cultural, trend, suburbana.

South Kensington e Chelsea são áreas muito bonitas e uma das mais ricas e charmosas da cidade, onde alimento um pouco minha alma cultural em museus como Natural History, Science e Victoria & Albert. East Putney, Putney Bridge e Wandsworth Town são bairros bem tranquilos e com diversas opções de bares, restaurantes e cafés, desde os elegantes e sofisticados aos mais “em conta”. Wimbledon, por sua vez, tem muito mais do que quadras bem cuidadas para o tradicional torneio de tênis. Com tendências residenciais e elegantes, abriga pubs descontraídos, teatros e parques. Clapham Junction e seu agito, repleto de bares e restaurantes, contrastam com a enorme área verde de Clapham Common. A zona de Battersea é um antigo cais (com a Battersea Power Station) que agora abriga apartamentos, restaurantes e bares, além do incrível Battersea Park, um dos espaços verdes mais interessantes da cidade, ao lado de minha ponte preferida, a Albert Bridge, que durante a noite fica toda iluminada.

National History Museum (Foto: Boris Dzhingarov/Flickr)

National History Museum (Foto: Boris Dzhingarov/Flickr)

Albert Bridge (Foto: DncnH/Flickr)

Albert Bridge (Foto: DncnH/Flickr)

Wandsworth Town, nome da estação de trem operada pela South West Trains e cujo metrô mais próximo é Fulham Broadway, está a apenas 15 minutos de trem de Waterloo Station. Entre os meus programas favoritos, recomendo um brunch no pequeninho e delicioso Brew, ou uma “esticadinha” ao natural Planet Organic, ao lado do Southside Shopping (ideal para compras ou um cinema no bairro). Mas, se vieres para cá, não deixe de pedalar pela orla do Rio Tâmisa, se deslocando tanto em direção a Chelsea (passando por Battersea Park) quanto em direção à Hammersmith Bridge. Aqui em frente tem o charmoso Waterfront. Saindo da ponte de Wandsworth Bridge e pedalando pela beira do rio no caminho de Putney, chega-se ao conhecido pub The Ship, que durante a primavera e o verão fica completamente lotado. O novíssimo Riverside Quarter e suas casas flutuantes esbanjam bom gosto, e as árvores gigantes e lindas do Wandsworth Park se misturam com o clima familiar do passeio com crianças e cachorros, em meio aos jogos dos adolescentes. Antes de chegar à Putney Bridge, sempre pela beira do rio, gosto muito do bar espanhol chamado Alquimia, que tem excelentes paellas e gin tonics. A Putney High Street é um agito e cruzando a ponte se chega a Parsons Green (caro e com bares e restaurantes de extremo bom gosto, como os da New King’s Road) e Fulham (dos famosos estádios de futebol do Fulham e do Chelsea, ou do conhecido bar The Slug). Pedalando mais um pouco pela beira rio em Putney se vê o ponto de partida da tradicional disputa de remo entre as universidades inglesas Oxford e Cambridge. Mais adiante, é possível pedalar pelo corredor verde até Hammersmith Bridge (passando pelo antigo depósito da Harrods) ou se estender até Barnes ou Richmond. Simplesmente amo.

Você escolhe seu bairro de acordo com sua personalidade ou cria a sua personalidade em torno do bairro que escolhe. Em uma capital cosmopolita e agitada como Londres, o sudoeste é meu refúgio de paz e tranquilidade.

LONDON BY…

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