E a semana começa e na televisão não encontro mais uma competiçãozinha olímpica sequer.
Os Jogos Olímpicos Rio 2016 terminaram neste domingo, 21 de agosto (e que domingo), e deixam uma saudade impossível de ser superada.
Não veremos mais outra Olimpíada como esta que o Brasil realizou.
Não que não possa acontecer outra melhor. Pode – no Brasil de novo. Mas a gente – eu, você que está lendo – não deve alcançar. Nossos netos, tomara.
Ver de perto uma edição dos Jogos Olímpicos é sonho alimentado pelo menos desde Barcelona 1992, a primeira que mais acompanhei.
Torci por Brasília quando a nossa capital federal se pré-candidatou a sediar os Jogos de 2000. Também torci pela primeira candidatura do Rio, para a edição de 2004.
De modo que quando, enfim, o Rio de Janeiro foi escolhido para receber o mundo nas Olimpíadas de 2016, desde lá atrás decidi: está aí a chance de realizar o sonho. Melhor ainda, conferindo in loco aquela que prometia ser a mais marcante edição dos Jogos, de todos os tempos.
E foi.
Um primor.
Nas quadras, arenas, pistas, estádios, no sambódromo.
Nos trens, no metrô, no BRT, no busão circular, no VLT, no calçadão, na rodoviária, na Central do Brasil.
Foi a melhor Olimpíada que já se viu.
É o mundo que atesta.
Terminou em samba. Porque assim é nossa festa.
Estar numa Olimpíada – como esportista, como espectador – é o sonho de muita gente no mundo. Bilhões no planeta.
Atletas profissionais e amadores; pessoal da educação física, estudantes, crianças, jovens… Ou simplesmente apreciadores – admiradores – das maravilhas do esporte.
Bilhões de terráqueos estavam aqui. Uns, de corpo presente. Outros tantos, via televisão, internet.
A participação do Brasil foi a melhor da história.
Não apenas pela quantidade de medalhas. Uma atuação em Olimpíada não se mede só pelo número de ouros, pratas e bronzes no peito.
Rio 2016 foi a melhor edição para o Brasil pelo desempenho no conjunto da obra.
Fruto de um povo talentoso, dedicado, competente, esforçado. Resultado de maiores oportunidades dada a esse povo.
O Bolsa Atleta, o Bolsa Pódio, o Segundo Tempo, o investimento das Forças Armadas, os patrocínios das estatais e das companhias públicas formam um conjunto de ações tomadas de dez anos para cá que abriram caminho para o desempenho que vimos ano passado no Jogos Panamericanos, e agora nos Jogos Olimpícos.
As Olimpíadas do Rio talvez tenham sido o último momento de um Brasil que há pouco tempo começou a mostrar seu valor. Porque, agora, o horizonte é turvo, muito turvo.
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Por @waasantista, postado de Curitiba
| Fotos: Cerimônia de Encerramento Divulgação Rio 2016