É impressionante a sanha entreguista desta gente que usurpou o poder no Brasil.
É aberração seguida de aberração.
Das mais absurdas é a tal da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 241, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.
A PEC 241 é um verdadeiro “um-sete-um” no povo brasileiro.
A PEC congela os gastos públicos por 20 anos. Estabelece apenas, ano a ano, a correção da inflação.
A expressão “gastos públicos” não é escolhida à toa.
“Gasto público” transmite a sensação de dinheiro jogado fora.
Mas não é isso que na prática significa.
“Gasto” público significa dinheiro que é destinado a todos os serviços públicos – educação, saúde, segurança, cultura, esportes, assistência social, justiça etc etc etc.
É o dinheiro para pagar o salário de professores, para manter equipes médicas, de enfermagem, para manter toda a estrutura de serviços públicos, e para ampliar, melhorar, modernizar tudo isso.
Ao congelar os gastos por 20 anos o governo usurpador vai fazer com que por duas décadas – duas décadas, uma geração inteira! – todas essas áreas essenciais fiquem estagnadas, sejam sucateadas.
E o que é pior nessa PEC 241, um verdadeiro “um-sete-um” no povo: o congelamento do gasto público é pra sobrar dinheiro para o pagamento da chamada “dívida pública”.
É, trocando em miúdos, tirar mais ainda dinheiro da educação, saúde, cultura, esporte, segurança, assistência social pra destinar mais dinheiro ainda pro cofre dos especuladores do mercado financeiro.
O que o Brasil, o que nós gastamos com essa dívida pública num único ano dá pra fazer dez Olimpíadas como a que fizemos no Rio de Janeiro.
O mais doído nisso é que tudo tramita sob a mais absoluta tranquilidade – com exceção de meia dúzia de bravos parlamentares, de outra meia dúzia de lideranças, quase ninguém ousa questionar, escancarar esse absurdo, esse atentado terrorista contra o futuro da nação.
(O senador Roberto Requião está entre as exceções. Ontem, quinta-feira 18 de agosto, ele fez pronunciamento no Senado denunciando o crime da PEC 241. “É a proposta mais desumana que já vi na vida”):
Na mídia “imparcial”, “isenta” só se ouvem, em regra, os analistas a serviço do mercado financeiro que aplaudem a PEC que lhes garante bolso fartamente irrigado a perder de vista.
Quem é mesmo que vai estar a pagar o pato?
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Por @waasantista | Charge: Sinasefe
| Postado de Curitiba
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