Depois da Itapemirim e da Pluma, mais uma viação que marcou a história do transporte de brasileiros vai deixar as rodovias do país.
Desta vez, é a São Geraldo, que por mais de seis décadas levou milhões de pessoas do Nordeste para o Sudeste, e vice-versa, dentre outros destinos (ao todo, atua em 15 Estados).
A São Geraldo, entre os anos 80 e 2000, figurou entre as três maiores companhias de ônibus do Brasil.
Em 2003 tinha sido comprada por outra gigante, a Gontijo, mas teve suas linhas e sua marca preservadas.
Agora, a Gontijo resolveu incorporar definitivamente as linhas da São Geraldo e extinguir de vez a subsidiária.
No último dia 15, conseguiu, para isso, autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
“A mudança será gradativa e os funcionários da São Geraldo serão transferidos para a Gontijo. O grupo não fala em demissões. A confirmação foi feita ao jornalista Bruno Freitas, do jornal O Estado de Minas”, diz, em seu blog, o jornalista Adamo Bazani.
A Viação São Geraldo foi fundada em 1949, em Caratinga (MG).
Cresceu conforme se expandiu a malha rodoviária brasileira, e acompanhando o aumento do fluxo migratório Nordeste/Centro-Sul.
Tornou-se característica da paisagem de rodovias como a BR 116 (principalmente no trecho da Dutra e da Rio-Bahia) e da BR 101 (do Rio a Natal).
Viajamos algumas vezes em seus ônibus, na ligação Santos-Aracaju, nos anos 80 e 90.
O transporte aéreo se tornou, de dez, 12 anos pra cá, mais acessível a nós, brasileiros, e para viagens de longas distâncias começamos a optar pelo avião.
Viações que se sustentavam com linhas extensas foram as mais atingidas por essa concorrência.
É o caso da São Geraldo; é o caso das também citadas Itapemirim e Pluma.
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Por @waasantista
| Postado de Curitiba | Foto: Divulgação/Arquivo
