Os desafios para o novo leilão de exploração de petróleo e gás

brasilobserver - jun 16 2015
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Diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, conversa com jornalistas (Foto: Divulgação)

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Os preços mais baixos do petróleo são um grande desafio para os planos de vender dezenas de campos de petróleo e gás, segundo avaliação feita pela diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.

Em evento realizado dia 2 de junho na Embaixada do Brasil em Londres, para uma plateia formada por cerca de 60 investidores estrangeiros, ela explicou que o país foi obrigado a “ajustar todos os cálculos” da próxima licitação, prevista para o final do ano.

“As empresas estão nos dizendo que estão mais conservadoras por causa dos preços do petróleo. De agosto a fevereiro, os preços caíram de 110 dólares por barril para 48 dólares [hoje estão em aproximadamente 65 dólares]. E essa é a diferença real para toda a indústria”, disse Chambriard. “Isso foi algo que nos fez ajustar todos os cálculos relativos a esta rodada de licitações que estavam prontos em 2014”, completou sem especificar o que foi preciso ajustar.

Sobre os casos de corrupção envolvendo a Petrobras, ela acredita que não devem afetar o resultado do leilão. “Todo país tem bons e maus momentos, mas o porte do setor de petróleo é muito grande. O interesse dos investidores continua”, afirmou, considerando que 60% das descobertas recentes em águas profundas estão no Brasil.

A 13ª Rodada de Licitações da ANP, prevista para 7 de outubro, oferecerá 269 blocos em 22 setores de 10 bacias sedimentares. As regras definitivas seriam anunciadas em uma resolução do Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE), no dia 12 de junho.

Chambriard admitiu que ajustes pontuais nas regras para os contratos poderiam ser feitos, mas deu a entender que não havia previsão de mudança nos percentuais para conteúdo local, o que garantiu ser política prioritária do governo. “Meu conselho para as companhias é: não ofereçam um valor que não seja factível, porque, em algum momento, elas terão de pagar”, afirmou a diretora-geral.

A 13ª rodada será realizada sob o regime de concessão e não irá incluir áreas do pré-sal, que só podem ser ofertadas sob o regime de partilha. Um novo leilão específico de áreas do pré-sal pode ser realizado no ano que vem ou no início de 2017. Anunciadas em 2007, as descobertas do pré-sal estão entre as maiores do mundo. As estimativas variam de 30 bilhões a 100 bilhões de barris de petróleo.

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