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“Estamos com a corda no pescoço”. O desabafo de um estudante de Matinhos preocupado com o futuro do Brasil

Wagner de Alcântara Aragão - nov 29 2016
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Felipe Souza foi aluno na primeira turma em que lecionei – em 2011, no curso de Técnico em Comunicação e Arte, no Colégio Estadual do Paraná.

Cinco anos depois, encontro este desabafo de Felipe, publicado nesta segunda-feira, 28 de novembro, em seu perfil no instagram; Felipe participou do movimento de ocupação do Campus Litoral da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde cursa hoje Gestão de Turismo, em Matinhos:

“20 dias de organização, amor, respeito ao próximo, instinto coletivo e fraternidade, agradeço a vivência.

Cada um dos poucos que estavam ali, e em qualquer ocupação Brasil à fora, está no perrengue por todos os estudantes dependentes da rede pública de ensino fundamental/ médio/ superior e programas sociais que viabilizam o ingresso em instituições privadas.

Tudo isso e outros serviços públicos vitais estão com a corda no pescoço, se vc nao se preocupou com isso ainda, ou ta marcando toca e assistindo muita novela, ou pode pagar por tudo tranquilo e não precisa de nada disso. Alô sangue-sugas, estamos de olho em vocês!!!! ” Em coletivo se pode!

Com a coletividade se é possível!!”

 

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Felipe não foi, não é doutrinado por ninguém.

Tem, isso sim, a capacidade de compreender o mundo que está a sua volta. A inteligência em selecionar as informações.  A lucidez para identificar o que está em jogo na conjuntura política atual do Brasil. Possui a sensibilidade social necessária para perceber que a cambada de usurpadores que tomou o poder de assalto nenhum pouco está preocupada com a qualidade de vida do nosso povo, com a soberania de nossa nação.

O Senado deve votar em hoje, terça 29 de novembro, a PEC 55 – a proposta de emenda constitucional que congela por 20 anos os investimentos em serviços públicos, pra que sobre dinheiro pro pagamento dos juros da dívida pública (em outras palavras: dinheiro público que vai para os bancos privados).

Estamos com a corda no pescoço. Se a PEC for aprovada a corda será apertada.

 

Por @waasantista, postado de Curitiba

 

 

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