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Leci Brandão, em Curitiba: show de música boa, histórias melhores ainda, e espetáculo de afeto

Wagner de Alcântara Aragão - out 17 2016
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O Teatro do Sesi em Curitiba foi templo neste domingo que passou, 16 de outubro, de um daqueles momentos históricos, de renderem lembranças pra serem repassadas a sobrinhos, filhos, netinhos…

Leci Brandão esteve ali, em apresentação com a cantora curitibana radicada no Rio de Janeiro, Maytê Correa.

“Maytê Correa convida Leci Brandão” era, inclusive, o título do espetáculo.

E que espetáculo.

Leci Brandão entrou no palco depois de Maytê ter cantado belas músicas de seu rico repertório [menção especial a (R)existência, feita pelo pai de Maytê pouco antes de morrer].

 

 

A apresentação marcou o lançamento de seu primeiro dvd da cantora curitibana, “Deixa o samba ir”

Saudada com euforia, como não poderia deixar de ser, Leci Brandão falou da curiosa ligação que tem com Curitiba.

Na capital do Paraná, lá na primeira metade dos anos 70, Leci Brandão fez show até então inédito com Cartola. Ambos estreavam seus respectivos discos.

“Foi no Teatro Paiol, um lugar bonito, num projeto que se chamava ‘Roda de Conversa'”, relembrou ela. O evento misturava bate-papo com música. “O Agnaldo Silva, jornalista na época, hoje novelista da Globo, estava também”, acrescentou.

Anos depois, ainda na década de 70, continuou Leci Brandão, ela e Cartola voltaram a Curitiba, como jurados do Carnaval da cidade.

Sim, minha gente, ao contrário do que apregoa o discurso dominante, Curitiba dá samba sim.

“Voltei outras vezes”, seguiu contando Leci Brandão, destacando um show de reveillón que fez no Largo da Ordem “de São Francisco”, como frisou.

Mas Leci tem marcado presença em Curitiba não só com a música. Deputada estadual em São Paulo (PCdoB), militante em defesa das mulheres, do movimento negro, dos direitos humanos, já veio à capital paranaense pela sua liderança política. “Em defesa dos movimentos sociais, como sempre”, salientou a sambista, para o delírio da plateia.

Sim, minha gente, Curitiba é muito mais que essa da “República de”.

 

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Depois de todo esse histórico, sublinhou Leci Brandão, veio o convite recente de Maytê Correa, a mais nova afilhada. “Sou tia, madrinha, de muita gente do samba.”

Mesmo sofrendo um susto dias antes do show – na sexta-feira, 14 de outubro, perdeu a sensibilidade da mão esquerda – Leci Brandão fez questão de voltar à velha Curitiba parceira de luta.

“Fui ao neurologista; ele não quis me dar alta, mas eu falei, ‘não, tenho um compromisso com a Maytê, com o público de Curitiba, tenho um show lá, não posso deixar de ir”, confessou. “Vocês me desculpem”, dirigiu-se à plateia enquanto recebia um pandeiro, “não vou conseguir tocar direito; mas rezem por mim, pra que eu melhore logo.”

 

 

 

 

Leci Brandão cantou seus principais sucessos; com Maytê Correa entoou “O sol nascerá”, e depois o show seguiu com mais algumas canções da cantora curitibana.

 

 

Leci Brandão permaneceu, porém, ali pelo teatro.

Terminada a apresentação, recebeu o público em seu camarim.

Posou pra fotos, recebeu palavras e gestos de carinho.

Respondeu com simpatia e afeto.

 

Por @waasantista (texto) e Lindrielli Rocha (fotos e vídeos do show)

| Postado de Curitiba

 

 

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