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Futebol

Brasileirão começa com o monopólio da Globo reforçado

Wagner de Alcântara Aragão - mai 15 2016

Pauta das conversas de boa parte (arrisco dizer maioria) dos brasileiros de agora até dezembro, o campeonato nacional de futebol começou neste fim de semana com uma novidade nada agradável.

A Band, que dividia as transmissões com a Rede Globo, abriu mão de exibir as partidas.

O monopólio da Globo passa a ser absoluto.

Antes era a emissora do plim-plim que determinava jogos e horários que a Band poderia transmitir, e sempre os mesmos que estivessem a passar na Globo. Ou seja, o monopólio, de fato, já existia. Havia, porém, a opção de escolher o outro canal, com outros narradores, comentaristas e repórteres.

No Brasileirão 2016, não.

Continuaremos a ter partidas em horários absurdos – ao meio dia de domingo e à meia noite duma quarta-feira – e a maioria das transmissões envolvendo ou Corinthians ou Flamengo. Para a Globo, o futebol deste gigante Brasilzão se resume a esses dois clubes.

A ingerência excessiva e daninha da Rede Globo no futebol tem gerado reações nos estádios.

Na Vila Belmiro, na semifinal e na final do Paulistão em vários momentos a torcida do Santos protestou contra a empresa da Família Marinho.

“Chupa, Rede Globo, é o Santos na final de novo” e “Ô Rede Globo, vai se f&d3r, o meu Peixe não precisa de você” foram os gritos das arquibancadas.

Por falar em Santos, e fazendo um prognóstico sobre o Campeonato Brasileiro deste ano, a torcida peixeira está uma arara com o calendário – que tem a Rede Globo como co-responsável – da temporada.

A coincidência da Copa América com uma dúzia de rodadas do Brasileirão vai prejudicar por demais o alvinegro praiano, que ficará todo esse período desfalcado de seu trio de frente (Lucas Lima, Gabigol e Ricardo Oliveira), o qual estará servindo a seleção brasileira.

Dessa forma, embora o Peixe esteja hoje, junto com o Atlético/MG, apresentando o melhor futebol entre os 20 times da série A do Brasileirão, não pode ser colocado entre os favoritos ao título.

O Atlético/MG sim – o Macuco Blog coloca o Galo entre possíveis campeões. Além dele, Corinthians, Palmeiras e Grêmio, num primeiro escalão, e São Paulo e Internacional, um pouco mais abaixo, mostram-se como candidatos.

Santa Cruz pode ser uma surpresa. Coritiba, Ponte Preta e Figueirense, por outro lado, parecem os mais ameaçados pelo rebaixamento.

Bom, mas de verdade são chutes. O campeonato é longo, as equipes ainda passarão por mudanças até a metade do torneio.

RANKING MACUCO/BRASIL OBSERVER DO BRASILEIRÃO

TODOS OS CAMPEÕES BRASILEIROS

OS MAIORES CAMPEÕES*:

1º Santos – 8 títulos e 6 vice-campeonatos
2º Palmeiras – 8 títulos e 3 vice-campeonatos
3º São Paulo – 6 títulos e 6 vice-campeonatos
4º Corinthians – 6 títulos e 3 vice-campeonatos
5º Flamengo – 5 títulos e 1 vice-campeonato
6º Cruzeiro – 4 títulos e 5 vice-campeonatos
7º Vasco da Gama – 4 títulos e 4 vice-campeonatos
8º Fluminense – 4 títulos e nenhum vice-campeonato
10º Internacional – 3 títulos e 6 vice-campeonatos
11º Botafogo – 2 títulos e 3 vice-campeonatos
12º Grêmio – 2 títulos e 3 vice-campeonatos
13º Bahia – 2 títulos e 2 vice-campeonatos
14º Atlético Mineiro – 1 título e 5 vice-campeonatos
15º Guarani – 1 título e 2 vice-campeonatos
16º Atlético Paranaense – 1 título e 1 vice-campeonato
17º Coritiba – 1 título e nenhum vice-campeonato
18º Sport Recife – 1 título e nenhum vice-campeonato
19º Fortaleza – nenhum título e 2 vice-campeonatos
20º São Caetano – nenhum título e 2 vice-campeonatos
21º Náutico – nenhum título e 1 vice-campeonato
22º Bangu – nenhum título e 1 vice-campeonato
23º Bragantino – nenhum título e 1 vice-campeonato
24º Portuguesa de Desportos – nenhum título e 1 vice-campeonato
*Critérios de desempate: 1) Número de vice-campeonatos; 2) Número de conquistas mais antigas