Um desabafo chamou a atenção dos espectadores que presenciaram o show do Cidade Negra na Corrente Cultural de Curitiba, na madrugada de domingo último, dia 16, na Boca Maldita.
Durante a apresentação, o vocalista da banda, Toni Garrido, queixou-se ao público de um certo boicote que vem sofrendo da grande mídia.
De tanto que o nome Cidade Negra é omitido muita gente pensa que o grupo deixou de existir, falou Toni Garrido.
“Em muitos lugares que a gente tem tocado a gente ouve ‘o Cidade Negra não tinha acabado?’, e a gente explica, ‘não, o Cidade Negra não acabou não”.
Segundo ele, isso vem ocorrendo de um seis anos para cá, “quando resolvemos tomar um caminho independente”.
Toni Garrido disse mais: contou que numa “grande rede de comunicação” do Sul do Brasil a Cidade Negra é uma banda vetada, proibida.
(Não me recordo exatamente o termo utilizado pelo vocalista, mas essa foi a mensagem transmitida).
Que rede será essa?
A poderosa RBS, do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, afiliada à Globo?
Busquei na internet, não vi referência alguma. Perguntei a amigos, tampouco têm notícias.
Agora, é fato: de fato o Cidade Negra não conta com a exposição midiática de tempos atrás.
Bom, revelação e reclamação de lado, vale destacar que foi muito boa a apresentação do grupo na Corrente Cultural.
Isso apesar do largo atraso (de mais de duas horas) para o show se iniciar.
22h30, o horário marcado para o grupo subir ao palco. Já era, porém, em torno de uma da manhã quando o som começou.
Atraso, aliás, cercado de mistério. Toni Garrido disse que a banda estava em Curitiba desde 16 horas, pronta para chegar à Boca Maldita na hora agendada.
No entanto, justificou ele, por motivos alheios à vontade do grupo, o Cidade Negra não pode cumprir o horário.
Enfim…
O show foi uma celebração pelos 20 anos do disco “Sobre Todas as Forças”. As dez músicas foram tocadas, na idêntica sequência do álbum.
De acordo com Toni Garrido, é uma espécie de agradecimento a um disco que foi responsável por alçar a banda à condição de uma das mais populares da música brasileira.
Daqui a mais 20 anos, adiantou o cantor, o álbum será homenageado de novo.
Mas todos os outros hits do Cidade Negra foram tocados também. Houve tempo ainda para Legião Urbana e Paralamas do Sucesso.
Quase duas horas de apresentação.
O público, que estava irritado com a demora, saiu satisfeito.
É o que importa, a felicidade geral da nação.
Postado de Curitiba | Texto de autoria do próprio blogueiro | Foto: Fundação Cultural de Curitiba (facebook)
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